A alfabetização é, naturalmente, um fator primordial para estruturar o desenvolvimento intelectual e social de um indivíduo. Sua falta ou atraso, acarretam uma sequência de problemas nas mais diversas esferas da vida, pois a sociedade como um todo é atingida por sua ausência.
Os especialistas em educação definem que a idade limite, dentro de um plano ideal, para que uma criança esteja alfabetizada é até os 8 anos, é importante que se observe o percurso da alfabetização e dos métodos utilizados para tal. Condições econômicas, sociais, emocionais e cognitivas, influenciam totalmente o aprendizado. Porém, recentemente um acontecimento global imputou um grande prejuízo para a educação ao postergar o processo de alfabetização infantil: a pandemia.
Por conta da pandemia as escolas permaneceram fechadas e os alunos que dariam início a sua vida acadêmica foram obrigados a esperar para iniciar suas atividades escolares e de alfabetização. O resultado disso, é uma leva de alunos com uma idade mais avançada que ainda estão nos primeiros estágios de leitura e escrita, fazendo com que estejam atrasados em relação ao cronograma geral que determina os parâmetros de alfabetização.
Mesmo com escolas disponibilizando aos pais, vídeo aulas e meios de introduzir o conceito em seus lares durante o confinamento, a maioria não dispõe de metodologia ou tato para fazê-lo de forma eficaz e assertiva, além de que muitos pais não conseguiam tempo para isto, pois estavam trabalhando, mesmo que de casa.
Temos também o prejuízo social, pois os professores relatam que as crianças, iniciaram seus estudos práticos nas escolas, dois anos após o ideal, o fez com que somente aos oito anos, estas crianças vieram a ter interações estudantis sociais com as demais crianças, o que entardece ainda mais o desenvolvimento delas, pois a sociabilização está inclusa neste processo.
O que fica é a necessidade de correr contra o tempo para reverter ou amenizar este quadro, procurando proporcionar a estas crianças, igual oportunidade de conhecimento e aprendizagem. O Inape vem realizando esse trabalho há meses e podemos dizer que com certeza, as crianças que passam por nós, conseguem voltar a acompanhar as tarefas de suas respectivas escolas, sem problemas.